A operadora terá que aplicar os índices de reajuste da ANS e devolver os valores pagos a mais pela consumidora.

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A 2ª Vara Cível de Pinheiros, em São Paulo, anulou o reajuste das mensalidades de planos de saúde aplicados pela Sul América e pela Qualicorp Administradora de Benefícios. A decisão da juíza foi baseada na irregularidade dos aumentos por sinistralidade e determinou que as operadoras aplicassem os índices de reajuste da ANS, obrigando-as a devolver os valores pagos a mais pela consumidora.

A ação foi movida por uma beneficiária que alegava que os reajustes no seu plano de saúde, contratado em 2019, eram excessivos. Ela relatou que, após vários aumentos, a mensalidade inicial de R$ 856,10 subiu para R$ 2.224,07 em 2024, devido a reajustes por sinistralidade que considerou injustificados e superiores aos índices da ANS.

A juíza observou que a cláusula de reajuste por sinistralidade, quando aplicada de maneira unilateral e sem justificativas adequadas, é abusiva. Ela destacou que essa prática desfavorece excessivamente o consumidor e compromete o equilíbrio contratual.

A magistrada concluiu que os reajustes aplicados foram 95,22% maiores do que os índices da ANS entre 2021 e 2024, que foram de 25,08%. Portanto, declarou a nulidade da cláusula abusiva e determinou que as mensalidades sejam ajustadas conforme os índices da ANS para o período de 2019 a 2024. Além disso, as operadoras devem restituir os valores pagos a mais, com correção e juros de mora de 1% ao mês desde a citação.

Fonte: Migalhas

Essa notícia foi publicada originalmente em: Sul América é condenada por reajuste de 95% em plano de saúde – Migalhas

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