Os desembargadores decidiram que, neste caso, não há prescrição por se tratar de um estelionato previdenciário.

A 2ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região condenou um servidor público por fraudar benefícios do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), recebendo aposentadoria por invalidez indevidamente por 30 anos. A decisão determina a devolução de cerca de R$ 458 mil ao INSS.

A ação foi movida pela Procuradoria-Regional Federal da Advocacia-Geral da União (AGU), que comprovou que o réu continuou trabalhando enquanto recebia os benefícios do INSS. O servidor público, atuante na área de finanças, tinha conhecimento da ilegalidade de seus atos.

Em primeira instância, o réu havia sido absolvido sob a alegação de que a cobrança estava prescrita, pois haviam passado mais de seis anos desde o fim do pagamento. No entanto, os procuradores federais argumentaram que ações de ressarcimento por atos ilegais contra a administração pública não prescrevem.

Os desembargadores, na decisão colegiada, concordaram com a AGU e decidiram que a prescrição não se aplicava ao caso de estelionato previdenciário. Afirmaram ainda que ações de ressarcimento relacionadas a fraude, improbidade e ilícitos administrativos são imprescritíveis, e concluíram que o benefício não tinha natureza alimentar, dado que o réu possuía remuneração superior ao salário-mínimo e um patrimônio considerável.

De acordo com a procuradora-chefe da Divisão de Cobrança da Procuradoria Regional Federal da 1ª Região, a decisão garante ao governo a recuperação de recursos adquiridos de forma claramente ilegal, com evidente má-fé e caracterização de crime, protegendo assim as finanças públicas.

Fonte: Conjur

Essa notícia foi publicada originalmente em: Homem que fraudou INSS terá de devolver R$ 458 mil aos cofres públicos (conjur.com.br)

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