Quais são as doenças que mais afastam os trabalhadores no Brasil?

No Brasil, diversas doenças têm levado trabalhadores a se afastarem de suas atividades laborais, impactando significativamente a produtividade e a economia do país. Entre as principais causas de afastamento, destacam-se os transtornos musculoesqueléticos, transtornos mentais e comportamentais, além de doenças crônicas.

Os transtornos musculoesqueléticos, como dores nas costas, lesões no joelho e hérnias, são responsáveis por uma parcela considerável dos afastamentos. Essas condições geralmente decorrem de posturas inadequadas, esforços repetitivos e falta de ergonomia no ambiente de trabalho. Por exemplo, a dor lombar baixa (lombalgia) e os transtornos de discos lombares com radiculopatia estão entre as principais causas de afastamento. (Fonte: R7)

Transtornos mentais e comportamentais também ocupam posição de destaque entre as causas de afastamento. Condições como depressão, ansiedade e síndrome de burnout têm se tornado cada vez mais comuns, refletindo o impacto do estresse e das pressões do ambiente de trabalho na saúde mental dos trabalhadores. Em 2022, os transtornos mentais foram a terceira principal causa de afastamento no país. (Fonte: Exame)

Além disso, doenças crônicas como doenças cardíacas, diabetes e câncer também contribuem para o afastamento de trabalhadores. Essas condições requerem tratamentos prolongados e podem limitar a capacidade laboral, levando à necessidade de licenças médicas. O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) reconhece diversas doenças que podem justificar o afastamento do trabalho, incluindo câncer, HIV/AIDS, doenças neurológicas e cardíacas, entre outras. (Fonte: Jusbrasil)

É importante notar que o Ministério da Saúde atualizou recentemente a lista de doenças relacionadas ao trabalho, incorporando 165 novas patologias, como a Covid-19 e a síndrome de burnout, reconhecendo o impacto dessas condições na saúde dos trabalhadores. (Fonte: Governo Federal)

A prevenção dessas doenças passa por medidas como a promoção de ambientes de trabalho saudáveis, programas de ergonomia, apoio à saúde mental e incentivo a hábitos de vida saudáveis. Empregadores e trabalhadores devem estar atentos aos sinais e sintomas dessas condições para buscar tratamento precoce e evitar afastamentos prolongados.

Em resumo, as principais doenças que afastam os trabalhadores no Brasil incluem transtornos musculoesqueléticos, transtornos mentais e comportamentais, além de doenças crônicas. A conscientização e a implementação de medidas preventivas são fundamentais para reduzir o impacto dessas condições na força de trabalho e na economia do país.

Juíza impõe medidas cautelares para homem perseguido e ameaçado por ex-esposa

As medidas decretadas incluem a proibição de contato ou aproximação da vítima, com uma distância mínima de 200 metros.

Uma juíza do JECrim de Aparecida de Goiânia, em Goiás, impôs medidas cautelares a uma mulher acusada de perseguir e ameaçar seu ex-marido, além de perseguir terceiros. A decisão foi tomada com base em evidências apresentadas pelo ex-marido, que relatou perseguição e vandalismo contra um bem móvel.

O homem solicitou uma medida cautelar de afastamento contra a ex-esposa, alegando que, mesmo após um ano do fim do casamento, continuava sendo ameaçado e perseguido. Documentos anexados ao processo indicam que a mulher tentou várias vezes se comunicar com ele e teria cometido atos de vandalismo.

A juíza destacou a gravidade das alegações e a necessidade de proteger o homem, aplicando medidas cautelares com base no artigo 319 do Código de Processo Penal (CPP). A jurisprudência reconhece a importância de medidas adequadas e proporcionais para garantir a segurança das vítimas e os interesses processuais.

As medidas decretadas incluem a proibição de contato ou aproximação da vítima, com uma distância mínima de 200 metros, e a proibição de comunicação por qualquer meio. Essas medidas vigorarão durante o inquérito policial e a ação penal, e o descumprimento pode resultar em prisão preventiva e nova investigação por desobediência. O caso segue em segredo de Justiça.

Fonte: Migalhas

Essa notícia foi publicada originalmente em: Homem perseguido e ameaçado por ex-esposa consegue cautelares – Migalhas

Filho que foi afastado dos pais por política contra hanseníase receberá R$ 200 mil

O homem nasceu em 1961 e, logo após o nascimento, foi separado de sua mãe por ter sido diagnosticada com hanseníase.

A União foi condenada a pagar uma indenização de R$ 200 mil por danos morais a um homem que foi separado de sua família ao nascer, devido ao diagnóstico de hanseníase de sua mãe. A decisão foi da 4ª Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3). O Tribunal reconheceu que a política de isolamento sanitário vigente entre 1923 e 1986 violou os direitos de personalidade do autor, que se tornou vítima dessa prática.

De acordo com os registros do processo, o homem nasceu em 1961 e, logo após o nascimento, foi separado de sua mãe, que foi internada compulsoriamente em um asilo-colônia por ter sido diagnosticada com hanseníase. O recém-nascido foi enviado a um educandário em São Paulo e, aos quatro anos, transferido para outra instituição em Carapicuíba/SP. Em 2022, ele entrou com uma ação judicial exigindo R$ 500 mil de indenização por danos morais.

Inicialmente, a 1ª Vara Federal de Mogi das Cruzes/SP julgou o caso extinto por prescrição. No entanto, ao recorrer ao TRF-3, o tribunal considerou que, devido à gravidade e excepcionalidade dos fatos, o pedido de indenização era imprescritível. O acórdão destacou que a prescrição quinquenal se aplica a situações comuns, não abrangendo casos de violação de direitos fundamentais, como garantido pela Declaração Universal dos Direitos Humanos e pela Constituição Federal.

O decreto 16.300/23, que regulamentava o tratamento da hanseníase, impunha o isolamento rigoroso dos pacientes e a vigilância dos familiares. Esse regime causava profundo trauma e estigmatização, principalmente nas crianças e adolescentes, que, mesmo saudáveis, eram severamente monitoradas. Aqueles confinados em instituições enfrentavam ainda maior estigma, impossibilitados de conviver com outras crianças sem histórico similar.

Reconhecendo essa injustiça, os magistrados citaram a lei 11.520/07, que concede pensão especial às pessoas com hanseníase e justificaram que, assim como os pacientes têm direito à pensão, seus filhos merecem indenizações por danos morais.

Fonte: Migalhas

Essa notícia foi publicada originalmente em: União indenizará filho tirado dos pais por política contra hanseníase – Migalhas

INSS permite concessão de auxílio por incapacidade temporária sem perícia

Portaria Conjunta MPS/INSS permite concessão de auxílio temporário por meio de análise de documentos.

A Portaria Conjunta MPS/INSS nº 38, que já está em vigor, define as situações em que o benefício de auxílio por incapacidade temporária pode ser concedido por meio de análise de documentos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), sem a necessidade de um parecer da Perícia Médica Federal sobre a incapacidade para o trabalho.

“Na prática, isso significa que o trabalhador pode receber um benefício previdenciário, incluindo o acidentário (B91), através do Atestmed, sistema disponibilizado pelo INSS para informar condições que influenciem a concessão de benefícios, sem precisar passar por uma perícia médica, permitindo o afastamento por até 180 dias sem a intervenção da empresa nesse processo, explica uma especialista em Direito Previdenciário.

A especialista alerta as empresas para que estejam atentas a essa nova forma de concessão de benefícios, pois, no caso de afastamento por acidente de trabalho, podem ocorrer impactos na área trabalhista e tributária, como a estabilidade provisória, a obrigatoriedade de depósito do FGTS durante o período de afastamento, possíveis indenizações por danos morais e materiais, aumento na contribuição para o RAT devido ao multiplicador do Fator Acidentário de Prevenção (FAP) e o risco de ações regressivas que podem ser movidas pelo órgão previdenciário.

Fonte: Jornal Jurid

Essa notícia foi publicada originalmente em: Concessão de benefício de auxílio por incapacidade temporária por meio de análise documental INSS (jornaljurid.com.br)

Lei afasta grávidas do trabalho presencial durante a pandemia

Nesta quarta-feira  (13/05), o presidente Jair Bolsonaro sancionou lei que afasta as empregadas grávidas das atividades de trabalho presencial durante a pandemia de Covid-19.  

O projeto, que visa proteger as gestantes durante o período de pandemia, prevê que a empregada grávida deverá permanecer afastada das atividades presenciais, sem prejuízo de sua remuneração, ficando à disposição para exercer as atividades em seu domicílio, podendo exercê-las por meio de trabalho remoto, teletrabalho ou outra forma de trabalho à distância. 

A autoria desse projeto de lei é da deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB-AC) e foi aprovado pelo Congresso Nacional em 15 de abril. Já havia, em abril, uma  portaria do Ministério da Saúde prevendo incentivo financeiro federal para custear o desenvolvimento de ações estratégicas de apoio à gestação, pré-natal e puerpério. Essa iniciativa foi tomada como forma de enfrentamento da pandemia do novo coronavírus.

De acordo com o Ministério da Saúde, recursos da ordem de R$ 247 milhões serão destinados, por meio do FNS (Fundo Nacional de Saúde), aos fundos municipais e Distrital de Saúde e serão aplicados, por exemplo, na identificação precoce, no monitoramento de gestantes e puérperas com síndrome gripal, síndrome respiratória aguda grave ou com suspeita ou confirmação de covid-19. Além disso, a portaria ainda prevê que o auxílio extraordinário possa fomentar a realização dos exames preconizados pela Rede Cegonha até a 20ª semana de gestação, promovendo a identificação de doenças preexistentes em tempo oportuno.

 

Fonte: R7 Notícias