STF amplia acesso a medicamento milionário para crianças

Ministro do Supremo autoriza distribuição do Elevidys para crianças com distrofia muscular de Duchenne, estendendo a faixa etária até sete anos completos.

O Ministro Gilmar Mendes, do STF, decidiu que o SUS deve fornecer o medicamento Elevidys a crianças com sete anos completos diagnosticadas com distrofia muscular de Duchenne (DMD) que já tenham obtido liminares favoráveis. A decisão amplia o acesso ao remédio, que antes era limitado a crianças até sete anos incompletos.

Na semana anterior, Mendes havia suspendido liminares que obrigavam o fornecimento do Elevidys, sem impactar crianças próximas de completar sete anos. A Anvisa confirmou que o medicamento é destinado a crianças de quatro a sete anos, o que influenciou a decisão do ministro de estender o benefício.

O medicamento Elevidys é indicado para o tratamento da DMD, uma doença grave e sem alternativas eficazes, cujo custo é de R$ 17 milhões por aplicação. A condição é identificada ao nascimento, mas os sintomas aparecem por volta dos cinco anos, tornando o remédio uma esperança para os pacientes.

Gilmar Mendes reconheceu a complexidade do tema, que envolve tanto o direito dos pacientes quanto as limitações orçamentárias do SUS. Em busca de um equilíbrio, ele abriu negociações entre a farmacêutica Roche Brasil e a União para discutir o preço e as condições de fornecimento.

Representantes do Ministério da Saúde e da Roche demonstraram interesse em chegar a um acordo. As partes têm até o final do mês para apresentar propostas de conciliação, e a próxima reunião está marcada para o dia 30 de setembro.

Atualmente, há 55 ações judiciais sobre o fornecimento do Elevidys, 13 delas com liminares que obrigam o SUS a distribuir o medicamento. O impacto financeiro estimado dessas ordens é de R$ 252 milhões.

Essa notícia foi publicada originalmente em: STF amplia faixa para distribuição de medicamento milionário (conjur.com.br)

Opinião de Anéria Lima (Redação)

O que são 17milhões quando a questão é SALVAR a VIDA de crianças?

Aplaudo de pé essa decisão, pois ela reconhece que o valor de uma vida não se mede em cifras. Não há preço que justifique a negativa de um tratamento que pode proporcionar esperança e qualidade de vida a quem sofre com uma doença tão devastadora como a distrofia muscular de Duchenne. A decisão do ministro Gilmar Mendes é um marco, pois coloca a vida e a saúde dos pequenos à frente de cálculos financeiros frios.

Cada criança é única, um universo de sonhos e possibilidades, e garantir que tenham acesso ao medicamento Elevidys é oferecer uma chance real de viver mais e melhor, de continuar brincando, aprendendo e crescendo.

Em um país que tantas vezes falha em cuidar de suas crianças, ver uma ação concreta que as coloca como prioridade reacende a esperança em um sistema de saúde que, apesar das dificuldades, ainda pode ser humano e compassivo. A sociedade não pode fechar os olhos para o sofrimento dessas famílias; e a Justiça, ao assegurar o tratamento necessário, faz mais do que apenas aplicar a lei – ela salva vidas!

Este texto não reflete necessariamente a opinião de André Mansur Advogados Associados, Dr. André Mansur Brandão ou qualquer um dos colaboradores da equipe.

Salmo 82:8 – Uma súplica pela intervenção divina

Em meio às turbulências e injustiças do mundo, o Salmo 82:8 ressoa como um clamor profundo e esperançoso.

“Levanta-te, ó Deus, julga a terra, pois tu possuis todas as nações.”

Este versículo encapsula a essência de uma súplica antiga, mas eternamente relevante, dirigida ao Criador, implorando por Sua intervenção divina. Em meio às turbulências e injustiças do mundo, o Salmo 82:8 ressoa como um clamor profundo e esperançoso.

Neste chamado, vemos um reconhecimento da necessidade urgente de justiça. É um pedido para que Deus, o juiz supremo e soberano, se levante de Seu trono celestial e traga a luz de Sua verdade para um mundo frequentemente obscurecido pela sombra da opressão e da corrupção.

Quando o salmista clama “Levanta-te, ó Deus”, ele não está apenas pedindo ação, mas expressando uma confiança inabalável de que somente Deus pode trazer a verdadeira justiça.

“Julga a terra” é uma súplica para que a justiça divina seja derramada sobre todas as nações. É um reconhecimento de que os julgamentos humanos são falhos e que a justiça verdadeira só pode vir d’Aquele que vê todos os corações e conhece todas as motivações. Este julgamento não é apenas sobre punição, mas sobre restauração e equilíbrio. É uma chamada para que o bem prevaleça, para que os humildes sejam exaltados e para que os injustiçados encontrem redenção.

Finalmente, a afirmação “pois tu possuis todas as nações” celebra a soberania absoluta de Deus. Ele não é um deus local, confinado a um povo ou território, mas o Senhor de toda a criação. Todas as nações, com suas culturas diversas e histórias complexas, estão sob Seu domínio. Este reconhecimento de propriedade e autoridade divina traz conforto e esperança, pois sabemos que o mundo, com todas as suas imperfeições, está nas mãos de um Deus justo e amoroso.

O Salmo 82:8 é, portanto, uma expressão de fé profunda e um apelo à justiça divina. É um lembrete de que, em meio às injustiças da vida, podemos confiar em Deus para trazer luz e verdade. É uma convocação para que todos nós, como parte de Sua criação, busquemos viver de acordo com Seus princípios de justiça, amor e misericórdia, confiando que Ele, em Seu tempo perfeito, julgará a terra e estabelecerá Seu reino de paz e retidão.

André Mansur

Advogado