Salmo 85:8 – Um convite à escuta atenta e à paz de Deus

Este versículo nos desafia a alinhar nossas vidas com a palavra e a promessa de Deus, e a não nos afastarmos de Seu caminho de paz e retidão.

“Escutarei o que Deus, o Senhor, falar; porque falará de paz ao seu povo, e aos santos, para que não voltem à loucura.”

O Salmo 85:8 nos convida a escutar atentamente a Deus, que nos fala de paz e nos guia para longe da insensatez. É um lembrete poderoso de que, ao buscar e manter a paz de Deus, e ao viver em fidelidade e santidade, podemos evitar os caminhos da insensatez e viver de acordo com a vontade divina.

Em “Escutarei o que Deus, o Senhor, falar”, o termo “escutarei” implica uma escuta atenta e intencional à voz de Deus. Não é apenas ouvir casualmente, mas com a intenção de compreender e responder, o que é essencial para alinhar-se à Sua vontade. A referência a Deus como “Senhor” sublinha Sua autoridade e a necessidade de dar total atenção e respeito às Suas palavras.

No trecho “porque falará de paz ao seu povo, e aos santos”, Deus promete uma paz abrangente e profunda, significando harmonia, bem-estar e plenitude. No contexto bíblico, a paz de Deus (em hebraico, “Shalom“) é um estado de totalidade e bênção que ultrapassa a compreensão humana.

“Seu povo” e “os santos” referem-se aos seguidores fiéis de Deus. “Seu povo” inclui todos os crentes, enquanto “santos” são aqueles que são separados para Deus, vivendo em santidade e fidelidade. Isso indica que a promessa de paz é para todos que seguem a Deus de maneira sincera e devota.

“Para que não voltem à loucura” É um alerta para manter-se na sabedoria e na retidão divinas, evitando antigos modos de vida prejudiciais, ou seja, a regressão espiritual. A “loucura” mencionada aqui representa o afastamento dos caminhos de Deus e o retorno a comportamentos insensatos e destrutivos.

A paz de Deus vem com a condição de não voltar à insensatez. Isso sublinha a necessidade de vigilância espiritual e um compromisso contínuo com uma vida reta e devota. Em síntese, este versículo nos desafia a alinhar nossas vidas com a palavra e a promessa de Deus, e a não nos afastarmos de Seu caminho de paz e retidão.

Anéria Lima (Redação)

Salmo 82:8 – Uma súplica pela intervenção divina

Em meio às turbulências e injustiças do mundo, o Salmo 82:8 ressoa como um clamor profundo e esperançoso.

“Levanta-te, ó Deus, julga a terra, pois tu possuis todas as nações.”

Este versículo encapsula a essência de uma súplica antiga, mas eternamente relevante, dirigida ao Criador, implorando por Sua intervenção divina. Em meio às turbulências e injustiças do mundo, o Salmo 82:8 ressoa como um clamor profundo e esperançoso.

Neste chamado, vemos um reconhecimento da necessidade urgente de justiça. É um pedido para que Deus, o juiz supremo e soberano, se levante de Seu trono celestial e traga a luz de Sua verdade para um mundo frequentemente obscurecido pela sombra da opressão e da corrupção.

Quando o salmista clama “Levanta-te, ó Deus”, ele não está apenas pedindo ação, mas expressando uma confiança inabalável de que somente Deus pode trazer a verdadeira justiça.

“Julga a terra” é uma súplica para que a justiça divina seja derramada sobre todas as nações. É um reconhecimento de que os julgamentos humanos são falhos e que a justiça verdadeira só pode vir d’Aquele que vê todos os corações e conhece todas as motivações. Este julgamento não é apenas sobre punição, mas sobre restauração e equilíbrio. É uma chamada para que o bem prevaleça, para que os humildes sejam exaltados e para que os injustiçados encontrem redenção.

Finalmente, a afirmação “pois tu possuis todas as nações” celebra a soberania absoluta de Deus. Ele não é um deus local, confinado a um povo ou território, mas o Senhor de toda a criação. Todas as nações, com suas culturas diversas e histórias complexas, estão sob Seu domínio. Este reconhecimento de propriedade e autoridade divina traz conforto e esperança, pois sabemos que o mundo, com todas as suas imperfeições, está nas mãos de um Deus justo e amoroso.

O Salmo 82:8 é, portanto, uma expressão de fé profunda e um apelo à justiça divina. É um lembrete de que, em meio às injustiças da vida, podemos confiar em Deus para trazer luz e verdade. É uma convocação para que todos nós, como parte de Sua criação, busquemos viver de acordo com Seus princípios de justiça, amor e misericórdia, confiando que Ele, em Seu tempo perfeito, julgará a terra e estabelecerá Seu reino de paz e retidão.

André Mansur

Advogado