TikTok indenizará influenciadora por banimento arbitrário de suas contas

A decisão condenou o TikTok por excluir contas sem provas, impactando a carreira da atriz, e ressaltou a importância dos direitos dos usuários.

O TikTok foi condenado a reativar duas contas de uma modelo e atriz, após o banimento arbitrário e sem provas de violação das regras da plataforma. A decisão da Justiça enfatizou que uma gigante da tecnologia não pode agir de forma tão unilateral, especialmente quando a conta em questão é essencial para a atividade profissional da autora. O juiz destacou a importância de se respeitar os direitos dos usuários, e a falta de justificativa por parte da plataforma foi decisiva para a condenação.

O Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu que a impossibilidade de reativação das contas, alegada pela empresa, resultou em perdas e danos, que deverão ser apurados em liquidação de sentença. Com mais de 1,5 milhão de seguidores, as contas eram fundamentais para a carreira da atriz como influenciadora digital, evidenciando o impacto direto do banimento em sua fonte de renda.

Apesar de a atriz não ter pleiteado inicialmente indenizações, a decisão confirma que o banimento de suas contas foi ilícita. A argumentação da ByteDance de que o banimento era justificável devido a supostas violações foi considerada insatisfatória e genérica, uma vez que não apresentou provas concretas que sustentassem suas alegações.

Situações como essa evidenciam a vulnerabilidade de muitos profissionais nas redes sociais diante de decisões arbitrárias. Para quem se vê em casos semelhantes, a ajuda profissional de um advogado especializado em Direito Digital pode fazer toda a diferença para garantir seus direitos. Nossa equipe conta com especialistas experientes prontos para orientá-lo e ajudá-lo a enfrentar essas adversidades de forma eficaz.

Essa notícia foi publicada originalmente em: TikTok é condenado por banir contas de atriz sem provar violação a regras (conjur.com.br)

Justiça condena empresa em R$ 80 milhões por verbas não pagas

A empresa é devedora de verbas trabalhistas relativas ao período de fevereiro de 2022 a setembro de 2023.

A Meli Developers Brasil, uma empresa de tecnologia criada pelo Mercado Livre, foi condenada a pagar R$ 80 milhões a seus funcionários e ex-funcionários. Essa indenização é resultado de uma série de pendências, incluindo reajustes salariais, horas extras, adicionais noturnos e outras compensações não pagas corretamente, além de multas acumuladas.

A ação judicial foi movida pelo Sindicato dos Trabalhadores em Tecnologia da Informação de São Paulo (Sindpd/SP). O sindicato acusou a Meli Developers de não cumprir a convenção coletiva de trabalho, o que resultou em pagamentos inferiores aos devidos aos empregados da empresa, que se dedicam ao desenvolvimento de softwares e outras soluções tecnológicas.

Em sua defesa, a Meli Developers argumentou que não reconhece o Sindpd/SP como representante de seus funcionários e, portanto, não segue a convenção coletiva da categoria. A empresa sustentou ainda que sua principal atividade é vinculada ao conglomerado Mercado Livre, focado em comércio eletrônico, e não especificamente em tecnologia da informação (TI).

No entanto, ao analisar o caso, o juiz substituto da 3ª Vara do Trabalho de Osasco/SP rejeitou os argumentos da defesa da empresa. Ele ressaltou que a atividade principal da Meli Developers envolve claramente o desenvolvimento de TI, o que não está em discussão.

O magistrado observou que, embora o grupo Mercado Livre atue predominantemente no comércio eletrônico, a função específica da Meli Developers é o desenvolvimento de software e outras soluções tecnológicas. Essas são duas atividades distintas que exigem um tratamento jurídico separado, pois não são similares nem conexas.

Com base nisso, o juiz concluiu que os funcionários da Meli Developers Brasil devem ser enquadrados de acordo com a convenção coletiva de trabalho de 2022/2023, conforme requerido pelo sindicato. Essa convenção prevê direitos diferentes daqueles que a empresa aplicava, o que levou à condenação.

Além das verbas trabalhistas devidas pelo período de fevereiro de 2022 a setembro de 2023, a Meli Developers também foi condenada a pagar contribuições assistenciais e uma multa por não ter recolhido os valores devidos ao sindicato, considerado o representante legítimo dos trabalhadores. Esta decisão beneficia cerca de 5 mil pessoas, que podem receber em média R$ 16 mil cada, sem contar a correção monetária.

Fonte: Migalhas

Essa notícia foi publicada originalmente em: Empresa do Mercado Livre é condenada em R$ 80 mi por verbas não pagas – Migalhas